quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Começo...

Resolvi criar esse blog depois de discutir e defender (como de costume) minhas idéias com uma amiga. 
A palavra preferida dela (onde 99,9% de suas frases  incluem tal palavra) é a bendita MATURIDADE. 
Sempre com conselhos muito úteis,  estes sempre vinham acompanhados da tal palavrinha que pra mim tem um significado bem particular.
Não consigo ver a maturidade de outra forma, se não na capacidade de podar violentamente seus sentimentos e impulsos primitivos.  Nosso ID encontra um carcereiro feroz e implacável que chega para alguns com a idade, para outros com as dificuldades da vida, e assim por diante, fazendo com que nos adequemos a sociedade, a custa de uma morte parcial.
Claro que ela bateu o pé e disse que não!  "Maturidade é algo muito melhor... "
Mas para mudar minha cabeça... ixi...
Não consigo entender... tudo que penso a respeito de maturidade me vem como algo opressor, que nos transforma de corcéis  indomados a cavalos de montaria.

Ok...  A liberdade é boa, mas é trabalhosa... e a vida na estalagem quentinha pode ser muito mais interessante e confortável.  Mas então, porque a maioria das pessoas quando olham pela janela da rua, um grupo de crianças brincando, ou uns jovens na praia, sem preocupações sentem aquela saudade nostálgica? 
Sei que pessoas maduras pensam mais, agem de forma estratégica visando eliminar as chances de erro, e com isso evitar muito sofrimento.  Mas tem algo na imaturidade que encanta muitos amigos da velha guarda... A capacidade de apostar no desconhecido, sem a eterna cobrança de ter que saber lidar com tudo ou quase tudo, e poder errar sim, e voltar atrás, são algumas delas.
Como professora, sei que não adianta forçar uma criança a "amadurecer" rápido de mais.  Ela tem o seu tempo e isso não muda. 
Sendo assim, sigo paciente ouvindo os conselhos da minha boa amiga, esperando o insight sobre a verdadeira maturidade e os prazeres que a acompanham, se é que estes existem de fato ou tratam-se apenas de formas de compensação pela constante restrição a que o superego nos impõe.

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